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O. M. N. I.

by Tiago Messias

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1.
"No início, o universo foi criado; Isso deixou muitas pessoas com raiva, e foi amplamente considerado um ato ruim; Muitas espécies acreditam que ele foi criado por um tipo de deus." Há quem diga que não... - "Só isso?" - "Só isso." - "Vai procurar a Questão Fundamental?" - "Vou." - "Você?" - "Eu." - "Por quê?" - "Ah, eu já tentei essa... porque 42 não faz sentido; Prepare a nave, gata!" - "Por que quer saber a Questão Fundamental?" - "Ah, bom... em parte é curiosidade, em parte é gosto pela aventura, mas eu acho que o principal é o dinheiro." - "Posso calcular as suas chances de sobrevivência, mas você não vai gostar..."
2.
"A extraordinária história tem um começo muito simples; Ela começa com um..." Homem em missão, na imensidão; Preparado pra partir pra outra expedição; Multidimensional; Especial, espacial; Dos fones, o oxigênio pra sobreviver ao caos; Cada ideia lançada abre um portal; Na mente; Ultrapassando qualquer barreira territorial; Avançando rumo ao infinito; Viajando por galáxias no processo criativo; Ativando o radar sensorial, perceptivo; Frequências não acusam território inimigo; Me sinto em casa mesmo no desconhecido; Extraterrestre pra quem não entende o que digo; Conectado com as palavras, magnetismo; Pensamento impactante, meteorito; E todo o peso das costas elimino; A gravidade é zero quando rimo; Da caixa torácica pra caixa acústica; Ofuscando estrelas decadentes; Da constelação da música; Não preciso de substâncias artificiais; Pra minha nave decolar; Combustível natural; Em qualquer espaço, o som se propagará; Durante algumas horas que parecem milênios; Vou anos-luz à frente do meu tempo; Sem teletransporte, sem sair do lugar; Apenas usufruindo do poder de pensar; Sei que existe vida inteligente lá fora; Não estou sozinho nesse sistema solar; "Houston, nós temos um problema!"; Só repito essa frase quando eu não puder mais criar; Pego a via láctea expressa da imaginação; Cauteloso com buracos negros; Com o que faz bem quero contato imediato; Pra realinhar a órbita dos sentimentos; Tudo ao redor funciona como um satélite; Enviando sinais pra que eu converta em arte; Até que se encerra a jornada do dia; Sistemas em stand-by, retorno à base; Da caixa torácica pra caixa acústica; Ofuscando estrelas decadentes; Da constelação da música; Não preciso de substâncias artificiais; Pra minha nave decolar; Combustível natural; Em qualquer espaço, o som se propagará.
3.
Invasão 00:50
- "Eu estou falando com o computador da nave..." - "E?" - "Ele me detesta." - "Saudações! Esta é uma mensagem gravada, já que estamos todos fora no momento. O Conselho agradece sua gentil visita, mas lamento que o planeta esteja temporariamente fechado. Se quiser deixar o seu nome e o endereço de um planeta em que possamos contatá-lo, por favor, fale após o sinal." - "Como pode um planeta estar fechado?" - "Afirmatoide, primo. Pois bem, computador, vamos em frente, pode pousar!" - "Será um prazer!" - "Quanta consideração. Então tá: todos que tem a sorte de ter dois braços, segurem-se."
4.
Contato 02:40
- "O que traz você a nosso humilde planeta?" - "Eu acho que sabe porquê eu estou aqui." - "Não, acho que não sei." - "Eu acho que você acha que não sabe, mas nós dois sabemos que você sabe." Peço licença poética; Vim disseminar conhecimento pelo cosmos como Sagan; Talvez não conste no banco de dados; Mas não é de hoje que embarquei nessa jornada nas estrelas; (Armas?) Instrumentos, mãos, cabeça; Depositando a fé na ciência; Atravessei vários buracos de minhoca pra chegar aqui; E realmente espero que você me entenda; Trouxe cultura a ser compartilhada; Idéias a serem debatidas; Verdades a serem questionadas; Quero ensinar enquanto aprendo; Mudar conceitos; Ver até onde vai a toca do coelho; Vim levá-lo pra viagens, como nos contos de Verne; Que hoje seja como aquela quinta pra Arthur Dent; Criando um guia fonográfico como o de Ford Prefect; Cada obra é uma nóz, como Hawking sugere; Onde uno versos e universos; Caminhando entre estradas de tijolos vermelhos e amarelos; Na busca do "eu", além do lírico; No dilema entre escolher e ser o escolhido; Em meio às guerras clônicas, crônicas; A ameaça não é fantasma, mas trago uma nova esperança; Sejamos o império que contra-ataca; Nossa força não se origina de midi-chlorians; A aliança não visa raça; Apenas mantenha a consciência inalterada; Elevada; Esse é o quinto elemento que compõe a grande obra; Vida longa e próspera.
5.
- "E aí, cara?!" - "Até que enfim!" - "O que houve com vocês? Isso é chá?" - "Bom, primeiro nossos anfitriões nos atacaram, né?!" - "Sei." - "Mas, depois, eles nos compensaram dando uma senhora refeição. Você pode provar o que quiser, é tudo uma delícia!" - "Ah, eu acho que todos que vem a essas festas são uns bêbados burros!" - "O quê?!" - "Eu disse que todos aqui são burros! Ferrou..." - "Dá licença, esse cara aí tá te chateando? Conversa comigo, tá legal?! Eu sou de outro planeta... é verdade, quer ver a minha espaçonave, hm?" - "Conhecer minha espaçonave? Que que há, para com isso, que cantada é essa?!" - "Hmm, isso é bem comum."
6.
"A enciclopédia galáctica, no capítulo sobre o amor, diz que ele é muito complicado de definir; Evite, se for possível." E o menino crescia, e, com ele, suas vontades; Seu velho telescópio já não era o bastante; Precisava estar lá, sentir a gravidade; Fazer o que ninguém jamais havia feito antes; Futuro decidido de repente; Sem medo de altura, agora, um homem num foguete; Sozinho, longe de casa; Vendo em suas mãos; O sonho se transformar em poeira cósmica; Pessoas são como as estrelas; Vislumbramos o brilho e queremos tê-las; Projetamos nossos desejos; Até que uma nova aconteça; Pessoas são como as estrelas; Vislumbramos o brilho e queremos tê-las; Mas o tempo é relativo; Às vezes o que vemos são lembranças apenas; E a menina temia que isso não fosse verdade; Não entendia a ausência toda noite; O calor daquele corpo não era exclusividade; E a falta de cautela lhe causou um câncer; Agora, de óculos escuros pra não cegar os olhos; Esconde as marcas da desilusão na pele frágil; Sozinha, de volta ao seu esconderijo; Onde as sombras aguardavam/a guardavam; Pessoas são como o sol; A mesma energia usada pro bem também é usada pro mal; Mantenha uma distância segura; Se proteja mesmo no próprio quintal; Pessoas são como o sol; A mesma energia usada pro bem também é usada pro mal; Cuidado com a exposição excessiva; O contato é fatal; E o velho esperava um dia conhecê-la; Há muito tempo sua única companheira; Por tudo isso e os rascunhos no caderno; Poder, então, agradecê-la; Ouviu boatos sobre alguém que conviveu com ela; Após ter perdido uma estrela; Ansiou encontrá-lo, saber detalhes; Mas morreu antes que se decepcionasse; Pessoas são como a lua; Se mostram grandiosas pra serem admiradas; Mas também são frias e vazias; Quando desmistificadas; Pessoas são como a lua; Se mostram grandiosas pra serem admiradas; Fases e faces; Ocultando lados e seduzindo sem luz própria.

about

O. M. N. I. (Objeto Musical Não Identificado) é meu primeiro EP solo, após passar pelos projetos Musicalls, Mecanismo Natural e Defensa. Produzido e gravado em casa, com as participações de Lucas Monteiro De Melo (guitarra solo na faixa 2) e William Fontanetti (bateria adicional na faixa 2).

credits

released May 31, 2013

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Tiago Messias Rio Claro, Brazil

Teoria das cordas e teclas. De 1988 a 808. ♪

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